Inaê, Aiocá...
Eu vou para o mar
Abraçar Iemanjá
Que é dela que vem
O principio da tempestade
Com ela que vai o amor dos covardes
O suplício dos desesperados
A alegria dos que velejam
E sentem seu beijo
No doce aroma do mar
Oh Janaína, vem cá!
Que é para me ensinar
O segredo do amor
O caminho que desvia da dor
E a fórmula dessa tua compaixão
Que abraça os irmãos
De forma tão singela
Será que tu também chora?
Donzela do mar
Creio que sim...
Quando ficas a beira da maré
A cantar versos que só tu entende
E nem o homem mais valente
É capaz de te atrapalhar
E quando o vento sopra do abismo
Trazendo chuva forte
Em nuvens negras
Eu sei que é tu que chega
Pra lavar a alma dos afogados em pranto
Me trás teu acalanto
Que vem do fundo do mar
Trás também teu perfume
Que é pra teu cheiro eu levar..